No passado dia 4/04, foi registado o arrojamento de uma baleia-de-barbas da espécie Balaenoptera
Notícias

Arrojamento de baleia-anã na Praia da Mareta (Sagres)

Resultados dos arrojamentos na costa algarvia - 1º trimestre de 2025
Estes foram os resultados dos arrojamentos mortos, correspondentes ao 1° trimestre do ano 2025

Arrojamento de roaz juvenil na Praia de Monte Gordo
No dia 11/03/2025, arrojou na Praia de Monte Gordo, um golfinho-roaz (𝘛𝘶𝘳𝘴𝘪𝘰𝘱𝘴 𝘵𝘳𝘶𝘯𝘤𝘢𝘵𝘶𝘴), também
Outras notícias
Golfinhos na Ria Formosa - Campanhas de Sensibilização
Em articulação com o ICNF, a Autoridade Marítima e a Unidade de Controlo Costeiro da GNR, foi lançada uma campanha para garantir a proteção dos golfinhos que têm sido observados frequentemente dentro da Ria Formosa.
Após uma primeira abordagem no terreno seguiu-se a distribuição de flyers informativos. Esta campanha encontra-se ainda em curso, através da colocação de placas informativas em locais estratégicos como a marina e o cais de Olhão, o cais da Ilha da Culatra, o estaleiro de Olhão e a marina de Faro.
A informação contida nestas placas visa a consciencialização do público para as normas de conduta a adotar em caso de encontro com estes animais.
De referir que a ria tem uma grande afluência de embarcações lúdicas e de recreio, principalmente neste altura do ano e que todos os seus utilizadores devem adotar as normas de conduta que vão ao encontro da proteção destas espécies.
Os utilizadores destas embarcações, principalmente das que atingem velocidades elevadas como os jetskis, devem ter especial atenção e cuidados nas manobras efetuadas, mantendo a distância de segurança para os animais.
QUERES JUNTAR-TE A NÓS NESTA CAMPANHA???
- Se encontrares uma destas placas, tira uma foto, partilha nas redes sociais (com localização) e identifica a RAAlg.
ATENÇÃO: Caso observes comportamentos desadequados, que não obedeçam às normas mencionadas, informa as autoridades competentes!!
Vamos garantir que esta informação chega a todos e que os golfinhos que frequentam a Ria Formosa estão protegidos!

Histologia de amostras RAAlg
No seguimento dos trabalhos de HISTOLOGIA têm sido utilizados vários tipos de tecidos de órgãos de cetáceos, pertencentes ao Banco de Tecidos da RAAlg.
A aplicação desta técnica passa por submeter as amostras a vários processos, de forma a possibilitar a análise coerente dos tecidos e poder diagnosticar o seu estado e função.
5 PASSOS PARA A PREPARAÇÃO DE CORTES HISTOLÓGICOS
1- FIXAÇÃO DOS TECIDOS: Processo químico que previne a autólise e a putrefação dos tecidos biológicos.
2 - COLOCAÇÃO DA AMOSTRA NUMA CASSETE: As amostras são cortadas de forma a se ajustarem a uma cassete de tecido.
3 - PROCESSAMENTO DE TECIDOS (envolve 3 etaspas distintas):
DESIDRATAÇÃO: Elimina a água presente na amostra, utilizando concentrações crescentes de etanol.
CLARIFICAÇÃO: Remove o álcool do interior dos tecidos, utilizando um solvente orgânico como o xileno.
INCORPORAÇÃO: tem como objetivo impregnar o tecido com parafina (cera), o que confere suporte mecânico à amostra, facilitanto o corte.
4 - CORTES HISTOLÓGICOS: A amostra é cortada em secções extremamente finas de tecido, utilizando um micrótomo, as quais serão colocadas numa lâmina.
5 - COLORAÇÃO: Adição de corantes (ex: hematoxilina e eosina) que darão contraste às secções de tecido, facilitando a distinção das suas diferentes estruturas.
Após o processo de coloração, é colocada uma lamela sobre a amostra de tecido na lâmina. Esta ajudará a proteger a amostra para visualização ao microscópico.
Os tecidos utilizados nas últimas análises histológicas correspondem a uma amostra de pulmão de um golfinho-roaz (𝘛𝘶𝘳𝘴𝘪𝘰𝘱𝘴 𝘵𝘳𝘶𝘯𝘤𝘢𝘵𝘶𝘴) cuja necrópsia permitiu detetar a existência de problemas ao nível do tórax. A análise da mesma permitirá avaliar a presença de possíveis lesões no pulmão e relacionar este facto com a causa de morte determinada, aquando da realização da necrópsia.

Tartaruga-de-couro (𝘋𝘦𝘳𝘮𝘰𝘤𝘩𝘦𝘭𝘺𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘪𝘢𝘤𝘦𝘢)
A tartaruga-de-couro (𝘋𝘦𝘳𝘮𝘰𝘤𝘩𝘦𝘭𝘺𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘪𝘢𝘤𝘦𝘢) é a maior de todas a espécies de tartarugas-marinhas, podendo atingir mais de 2 metros de comprimento e um peso acima dos 500 kg. O seu nome deve-se ao facto de não apresentar uma verdadeira carapaça, mas sim uma pele grossa e rígida de cor negra, com aspeto semelhante ao couro.
Esta espécie, de hábitos solitários, vive em mar aberto, aproximando-se frequentemente da costa para se alimentar ou reproduzir.
Apesar de não nidificarem na costa portuguesa é frequente a sua passagem pelas nossas águas, sendo a segunda espécie de tartaruga-marinha com maior registo de arrojamentos, na costa algarvia.
Desde o início de 2024 até à data, a equipa da RAAlg deu resposta a oito arrojamentos de tartarugas-de-couro, sendo seis deles registados no mês de julho.
Todos estes arrojamentos foram registados na região do sotavento algarvio, distribuindo-se entre os concelhos de Olhão (2 arrojamentos), Tavira (5 arrojamentos) e Vila Real de Santo António (1 arrojamento).
O avançado estado de decomposição da maioria dos indivíduos analisados impossibilitou a determinação das respetivas causas de morte, contudo, a recolha de dados biométricos e amostras biológicas foi efetuada em todos os animais aos quais conseguimos aceder. Apenas em um dos casos a necrópsia foi conclusiva, apontado para captura acidental, uma vez que o animal apresentava marcas de cabos em torno das barbatabas e do plastron.
Quando à maturidade dos animais em causa, o registo das biometrias permitiu concluir que todos os indivíduos eram ainda juvenis, dado que o comprimento da carapaça era menor do que 145 cm (Nicolau 𝘦𝘵 𝘢𝘭. 2016).
