A contaminação dos oceanos por resíduos de plástico, é uma das principais ameaças para a vida
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Ingestão de plástico por tartarugas-marinhas

Visita de grupo de investigação chinês às instalações da RAAlg
No final de abril, a Associação para a Conservação da Vida Aquática do Boto do Yangtzé de Nanjing

Participação na 36ª Conferência da European Cetacean Society
Na passada semana, o nosso coordenador de terreno e aluno de doutoramento, Jan Hofman, marcou
Outras notícias
Roaz corvineiro arrojado na Ilha Deserta
Ontem, dia 19/06, logo pela manhã, a equipa da RAAlg recebeu um alerta por parte dos vigilantes da natureza do ICNF. Uma vez que se tratava de um arrojamento numa das ilhas barreira da Ria Formosa, a Ilha Deserta, solicitámos a ajuda da equipa do corpo de vigilantes que se encontrava de serviço, a qual prontamente não só nos facultou a deslocação ao local como também fez questão de participar ativamente na amostragem do animal.
Tratava-se de um golfinho-roaz (Tursiops truncatus), em avançada decomposição, o que dificultou a determinação da causa de morte. Contudo, a presença de conteúdo estomacal abundante ainda por digerir, resultado de alimentação recente, levou-nos a concluir que o mesmo sofreu uma morte traumática, com causa desconhecida.
Para além do conteúdo estomacal, foram ainda colhidas mais algumas amostras, as quais, após análise, contribuirão com informações complementares ao conhecimento da espécie.
O golfinho-roaz, também comummente designado por roaz-corvineiro, é um delfinídeo de corpo robusto que pode atingir os 4 metros de comprimento. São frequentemente avistados nas proximidades de embarcações de pesca, onde se concentram para caçar, alimentando-se muitas vezes por depredação do peixe existente nas redes. Por esse motivo, são recorrentemente alvo de captura acidental em artes de pesca, sendo esta a causa de morte mais comum para a espécie.
Gostaríamos de agradecer a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, nomeadamente dos vigilantes da natureza, Silvério Lopes, Carlos Capela e Rafaela Bodião, na resposta rápida e eficaz a mais um arrojamento, e também do Restaurante Estaminé - Ilha Deserta, na remoção do animal.

Dia Europeu dos Parques Naturais
Para comemorar do Dia Europeu dos Parques Naturais e no âmbito de uma atividade desenvolvida pelo Centro de Educação Ambiental de Marim (CEAM), no dia 24/05 a RAAlg abriu mais uma vez os seus laboratórios.
Desta vez contámos com a visita de uma turma de 10º ano da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão. Os alunos fizeram-se acompanhar por alguns dos seus professores, bem como por representantes da Casa da Juventude de Olhão, uma vez que a atividade estava também inserida no programa do 11º Festival “Mostra-te”, promovido pelo município de Olhão.
Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido em laboratório, dos procedimentos efetuados em campo durante a resposta um arrojamento e aprender sobre a importância da existência de redes de arrojamentos regionais a operar sistematicamente no terreno e de como a informação recolhida pode ser uma importante ferramenta na conservação de espécies protegidas, como os cetáceos e as tartarugas-marinhas.
A Rede Nacional de Arrojamentos, na qual estão integradas todas as redes regionais, é coordenada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), sendo o trabalho desenvolvido em parceria e permanente cooperação entre as várias entidades envolvidas. Além disso, a RAAlg tem o privilégio de estar sediada em pleno Parque Natural da Ria Formosa, em instalações cedidas pelo ICNF, o que torna ainda mais estreita esta colaboração, nomeadamente em atividades de divulgação, sensibilização e consciencialização ambiental.



Dia Mundial da Tartaruga🐢
Desde 2010, ano em que foi ativada a primeira rede regional de arrojamentos do Algarve, que se deu início à monitorização sistemática de todos os arrojamentos de tartarugas-marinhas ao longo da costa algarvia.
Entre as cinco espécies de tartarugas-marinhas que ocorrem em águas portuguesas, três foram até à data registadas para a costa algarvia. A tartaruga-comum (Caretta caretta) também conhecida como tartaruga-bôba é a espécie mais frequentemente avistada e também aquela que regista um maior número de arrojamentos na nossa costa, seguindo-se a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e por fim a tartaruga-verde (Chelonia mydas).
Todas estas espécies estão incluídas na Lista Vermelha da IUCN para espécies ameaçadas, pelo que toda a informação recolhida de animais arrojados se pode revelar um importante contributo na criação e implementação de projetos de conservação.
A RAAlg continua o seu trabalho de monitorização na tentativa de perceber quais as principais causas de morte dos animais arrojados e a recolher amostras para vários estudos que possibilitem um maior conhecimento sobre estas e outras espécies que ocorrem ao longo da costa algarvia.
