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Saídas científicas - RAAlg & Ocean Vibes

Saídas científicas RAAlg & Ocean Vibes

A colaboração com outras entidades surge com o intuito de partilhar ideias e conhecimento, unindo

Resgate de tartaruga-de-couro

Resgate de uma tartaruga-de-couro ao largo da Ilha do Farol

Ao fim da tarde do dia 7 de junho, a passada sexta-feira, recebemos um alerta da Polícia Marítima de

Educação ambiental e literacia dos oceanos

𝗘𝗱𝘂𝗰𝗮çã𝗼 𝗔𝗺𝗯𝗶𝗲𝗻𝘁𝗮𝗹 𝗲 𝗟𝗶𝘁𝗲𝗿𝗮𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗼𝗰𝗲𝗮𝗻𝗼𝘀

Além da resposta a arrojamentos mortos, outra das tarefas atribuídas à nossa equipa é a realização

Outras notícias

19/06/2023

Visita da RAAlg à Capitania do Porto de Faro

Na passada quinta-feira, dia 15 de junho, a equipa da RAAlg voltou a visitar a capitania do Porto de Faro para uma breve reunião com o Comandante Rui Santos Pereira, Comandante Regional da Polícia Marítima do Sul.

O propósito desta visita foi a entrega do relatório anual de atividades correspondente ao ano trasato, como forma de dar a conhecer o trabalho realizado e agradecer de forma singela a todos os piquetes dos comandos locais da Polícia Marítima, distribuídos pelas várias capitanias do Algarve, por todo o apoio logístico prestado no terreno, com deslocações por terra e mar.

Este contributo tem sido fundamental para o sucesso e continuação deste projeto de forma consistente e adequada, permitindo o acesso a um maior número de animais arrojados e maximizando a recolha de informação.

Capitania do Porto de  Faro

Capitania de Faro
30/05/2023

Baleia-anã capturada acidentalmente em arte de pesca

Na passada quarta-feira, dia 24/05/2023, a equipa da RAAlg deu resposta a mais um arrojamento de um indivíduo da espécie Balaenoptera acutorostrata (baleia-anã), ocorrido na Praia do Barril, concelho de Tavira.

Tratava-se de uma fêmea juvenil, com cerca de 4 metros de comprimento e apresentava um cabo preso na maxila inferior evidenciando uma interação recente com uma arte de pesca. Foram também encontradas algumas marcas vincadas de cabos de pesca ao longo do corpo, as quais sugerem que o animal possa ter ficado preso na arte de pesca, o que terá levado à sua morte.

Este caso remeteu-nos para março de 2022, quando fomos alertados para o arrojamento de um animal da mesma espécie exatamente na mesma condição.

De salientar que a captura acidental tem vindo a ser identificada como uma das principais causas de morte para os cetáceos arrojados na costa algarvia, incluindo os rorquais, principalmente juvenis desta espécie.

A baleia-anã é a espécie de baleia de barbas mais abundante na nossa costa sendo avistada com bastante frequência e durante todo o ano, o que sugere que poderão já existir aqui núcleos residentes. O registo de arrojamentos mortos desta espécie é também dos mais frequentes entre as baleias de barbas, sendo estes maioritariamente detetados na primavera.

Baleia anã Baleia anã

Baleia anã Baleia-anã (Padrão de arrojamentos)

Baleia-anã
29/05/2023

Cachalote-pigmeu (Kogia breviceps)

Na passada sexta-feira, dia 05/05/2023, a RAAlg foi informada da presença de um animal arrojado na Praia de Monte Clérigo, concelho de Aljezur.

Tratava-se de um cachalote-pigmeu (Kogia breviceps) macho, adulto, com pouco mais de 3 metros de comprimento total. Esta espécie é rara na nossa costa, sendo este o quarto indivíduo detetado desde que há registos de arrojamentos na costa algarvia. O animal foi examinado e submetido a necrópsia, contudo a causa de morte não foi apurada por falta de evidências que nos permitissem tirar conclusões.

Esta espécie pertence à família Kogiidae, da qual faz parte também o cachalote-anão (Kogia sima). De entre as semelhantes com o cachalote (Physeter macrocephalus) e embora pertençam a famílias distintas, podem destacar-se a cabeça de formato quadrangular na qual está contido o órgão do espermacete, além de uma barbatana dorsal pequena proporcionalmente à dimensão ao corpo. Relativamente a características específicas, apresenta uma boca bastante peculiar semelhante à de um tubarão, exibindo dentes aguçados distribuídos apenas pela maxila inferior. Uma outra particularidade prende-se com o facto de possuir um saco nos intestinos o qual contém um fluido vermelho-escuro que é expelido quando o animal se sente ameaçado, atuando como mecanismo de defesa. Distribuem-se por todos os mares temperados, tropicais e subtropicais, contudo devido aos seus hábitos e adaptações a zonas mais profundas da coluna de água, sendo conhecidos como grandes mergulhadores, o pouco que se conhece acerca desta espécie resulta da análise de animais arrojados. Alimentam-se sobretudo de cefalópodes, crustáceos e alguns peixes de profundidade.

Kogia 2

Kogia 3

Kogia 4

Kogia