A colaboração com outras entidades surge com o intuito de partilhar ideias e conhecimento, unindo
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Saídas científicas RAAlg & Ocean Vibes
Resgate de uma tartaruga-de-couro ao largo da Ilha do Farol
Ao fim da tarde do dia 7 de junho, a passada sexta-feira, recebemos um alerta da Polícia Marítima de
𝗘𝗱𝘂𝗰𝗮çã𝗼 𝗔𝗺𝗯𝗶𝗲𝗻𝘁𝗮𝗹 𝗲 𝗟𝗶𝘁𝗲𝗿𝗮𝗰𝗶𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝗼𝗰𝗲𝗮𝗻𝗼𝘀
Além da resposta a arrojamentos mortos, outra das tarefas atribuídas à nossa equipa é a realização
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Webinar RAAlg (20 nov. 2021)
Para quem não teve oportunidade de assistir ao Webinar RAAlg que decorreu no passado sábado, 20 de novembro, no qual tivemos participantes de Norte a Sul do país e ilhas, partilhamos aqui alguns dos resultados obtidos ao longo deste último ano de amostragem.
No que diz respeito aos cetáceos, num total de 72 animais arrojados, foram identificadas 9 das 22 espécies que estão identificadas para a costa algarvia, estando o golfinho-comum no topo das espécies com maior frequência de ocorrência. Já para as tartarugas marinhas, de entre os 40 animais arrojados aos quais a nossa equipa deu resposta, foram identificadas as duas espécies mais comuns registadas para a nossa costa, sendo a tartaruga-comum a que revelou uma maior frequência de ocorrência. (Ver imagens seguintes)
Partilhamos também alguns resultados relativos à distribuição espacial e sazonal das espécies mais comuns, bem como das causas de morte que conseguimos apurar para os cetáceos arrojados ao longo da costa algarvia.
Resta-nos agradecer mais uma vez a todos os que participaram, na esperança de que tenha sido uma tarde de conhecimento e aprendizagem. Foi um gosto partilhar com todos vós um pouco do nosso trabalho.
A todos aqueles que de alguma forma colaboram connosco e que complementam o nosso trabalho, mais uma vez o nosso especial agradecimento.
Tartarugas gigantes dão à costa no Algarve
O passado fim de semana foi marcante para a equipa Raalg.
Em dois dias respondemos a 4 arrojamentos de tartarugas de couro, por várias praias algarvias.
A tartaruga de couro (Dermochelys coriacea) é a maior de todas a espécies de tartarugas marinhas, podendo atingir mais de 2 metros de comprimento e um peso acima dos 500 kilogramas. Estas tartarugas não apresentam uma verdadeira carapaça, mas sim uma pele grossa e rígida de cor negra e aspeto coriáceo, o que lhes confere o nome.
São animais solitários que vivem em águas abertas, mas que se aproximam da costa para se alimentarem ou reproduzirem. Embora não nidifiquem na costa portuguesa é frequente a sua passagem nas nossas águas, sendo a segunda espécie de tartaruga marinha que mais arroja em Portugal continental e estando classificada como uma espécie vulnerável.
Devido ao seu avançado estado de decomposição não foi possível detetar qualquer marca ou indício de captura acidental, embora esta seja uma das causas de morte mais comuns para esta espécie.
Gostaríamos de realçar, mais uma vez, a importância de todas as entidades que colaboram connosco, que nos facilitam as deslocações aos locais dos arrojamentos e nos ajudam no manuseamento dos animais no terreno, permitindo uma amostragem mais eficaz dos mesmos.
RAAlg prepara nova temporada
Após um verão intenso a RAAlg encontra-se em fase de renovação e aquisição de novos materiais e equipamentos. Recebemos financiamento do Fundo Ambiental, um apoio do Ministério do Ambiente que financia entidades, atividades e projetos que visam contribuir para a conservação da natureza, o que nos permitiu equipar o laboratório e melhorar as condições de trabalho.
Dispomos agora de um veículo próprio que nos permite uma resposta mais célere e imediata aos alertas que nos são dados, bem como transportar todo o material necessário para uma correta execução do trabalho em campo. Para além disso, estamos mais autónomos no que respeita ao transporte de animais frescos para a sala de necropsia, com fim à realização de necropsias mais minuciosas e recolha de amostras para estudos futuros.
Adquirimos também uma lupa binocular que será um importante recurso para uma análise mais pormenorizada e rigorosa das amostras recolhidas, particularmente para nos apoiar em estudos de ecologia alimentar, para a identificação dos espécimes presentes nos conteúdos estomacais dos animais amostrados.
A recolha sistemática de informação acerca dos animais arrojados mortos é essencial para a determinação dos padrões de ocorrência e avaliação das causas de morte. Resta-nos, por isso, agradecer ao Fundo ambiental a oportunidade de podermos continuar a realizar o nosso trabalho de forma cada vez mais eficiente.
A Rede de Arrojamentos do Algarve está pronta para trabalhar em pleno e contínuo, com total capacidade de resposta e apta a realizar uma monitorização e amostragem totalmente conscientes e rigorosas.