A tartaruga-de-couro (𝘋𝘦𝘳𝘮𝘰𝘤𝘩𝘦𝘭𝘺𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘪𝘢𝘤𝘦𝘢) é a maior de todas a espécies de tartarugas-marinhas
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Tartaruga-de-couro (𝘋𝘦𝘳𝘮𝘰𝘤𝘩𝘦𝘭𝘺𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘪𝘢𝘤𝘦𝘢)
Resultados - 1º semestre de 2024
A recolha e análise sistemática de dados de arrojamentos contribuem para uma melhor compreensão dos
Visita da AIMM ao laboratório da RAAlg
No âmbito de uma colaboração com a AIMM - Associação para a Investigação do Meio Marinho, os alunos
Outras notícias
Os animais do nosso poster aos olhos das crianças
Desafiámos os alunos da EB1 de Marchil (2º ano), a ilustrar a sua espécie preferida do nosso poster. Os resultados foram estas verdadeiras obras de arte!
Relembramos que o poster de “Golfinhos, Baleias e Tartarugas marinhas do Algarve” pode ser descarregado gratuitamente aqui, na nossa página, seguindo os passos: Menu - Espécies Frequentes - Poster Cetáceos e Tartarugas marinhas.
Este poster foi idealizado pela equipa RAAlg e elaborado com todo o pormenor científico por um ilustrador e biólogo perito em estudos com espécies marinhas protegidas. (©Tokio)
A lista total de espécies é baseada em arrojamentos para a área (Algarve), desde que há registo, assim como em informações de avistamentos de espécies que nunca arrojaram, mas que foram observadas em águas costeiras por empresas de atividade marítimo-turística (ex: Baleia-azul, Baleia-de-bryde, Orca e Falsa-orca).
RAAlg e a literacia dos oceanos
Apesar da RAAlg ter como objetivo principal, dar resposta a arrojamentos de animais marinhos (cetáceos e tartarugas marinhas) mortos, a nossa equipa tem apostado, paralelamente, em ações de comunicação para várias faixas etárias, para as quais tem sido solicitada.
O envolvimento da comunidade, através destas ações interativas, não só serve como meio de divulgação do nosso trabalho, dando conhecimento aos demais da nossa existência, como também tem uma componente de sensibilização e consciencialização ambiental.
Nestas ações, onde tentamos que todos participem de forma ativa, pretendemos fomentar a literacia dos oceanos, mostrando a importância da existência de todas as espécies e de cada uma em particular no equilíbrio do ecossistema. Abordamos também os principais problemas que os animais marinhos enfrentam, especificando aqueles que afetam, atualmente, os cetáceos e as tartarugas-marinhas e que, cada vez mais, os levam à morte, sendo os principais de cariz antropogénico (e.g. captura acidental em artes de pesca, lixo marinho, poluição química e sonora).
As últimas ações realizadas nos meses de fevereiro e março passaram por atividades com turmas de 1º ciclo de uma escola de Faro (EB1 de Marchil) e outra do concelho de Lagos, esta última decorrida no centro de Ciência Viva de Lagos, no âmbito do projeto Escola Ciência Viva. Mais recentemente, foi realizada uma atividade muito animada para idosos na Associação Nossa Senhora dos Navegantes (A.N.S.N) da Ilha da Culatra, a convite do Instituto da Conservação da Natureza (ICNF) e o seu programa 3ª Onda. Agradecemos os convites e a oportunidade vivenciar estas experiências de partilha mútua de conhecimentos. Fomos muito bem recebidos e acarinhados e prometemos voltar.
É tão importante desenvolver um bom trabalho como ter a oportunidade de o partilhar!
A problemática do lixo marinho
Não são raras as vezes que a nossa equipa percorre grandes extensões de costa de forma a ter acesso a animais arrojados, ou durante as patrulhas de costa realizadas fora da época balnear, na tentativa de detetar arrojamentos que não tenham sido notificados.
Nessas longas caminhadas deparamo-nos com um problema que é comum a todos, mas que parece, ainda, ser apenas visível aos olhos de alguns… o LIXO MARINHO.
Grande parte deste lixo surge com as marés e tal como os animais, acaba por arrojar na praia. Estima-se que mais de 80% da poluição que atinge os oceanos tem origem em terra e é transportada para o ambiente marinho pelos rios e ribeiras. A restante parcela, apesar de todas as campanhas de sensibilização sobre esta temática, é provocada por outros agentes como a atividade piscatória (responsável por 10% do lixo encontrado no mar e zonas costeiras), ou tem origem em descargas diretas de utilizadores das praias, o que aos olhos desta equipa de biólogos parece impossível que ainda aconteça.
O lixo marinho tem origem somente antropogénica e pode causar danos irreversíveis nos ecossistemas e organismos marinhos, tendo repercussões não só a nível ambiental como também social e económico.
É, cada vez mais, URGENTE, reverter esta tendência que devasta os ecossistemas que são o suporte de vida na Terra. Vamos unir esforços para impulsionar uma mudança positiva, apostando não só na reciclagem, reutilização e diminuição do consumo de embalagens de plástico, como também na mudança de atitude perante o lixo visível nas praias, que está ao nosso alcance e que pode a qualquer momento retornar ao oceano.
Apenas um saco de lixo recolhido, durante uma caminhada na praia, pode fazer toda a diferença na preservação do meio marinho!
De que estás à espera? Apostar na mudança e fazer a diferença está ao alcance de todos nós!!!