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Highlights
Arrojamento de baleia-anã na Praia da Mareta

Arrojamento de baleia-anã na Praia da Mareta (Sagres)

No passado dia 4/04, foi registado o arrojamento de uma baleia-de-barbas da espécie Balaenoptera

Resultados RAAlg 1º trimestre de 2025

Resultados dos arrojamentos na costa algarvia - 1º trimestre de 2025

Estes foram os resultados dos arrojamentos mortos, correspondentes ao 1° trimestre do ano 2025

Roaz - Monte Gordo

Arrojamento de roaz juvenil na Praia de Monte Gordo

No dia 11/03/2025, arrojou na Praia de Monte Gordo, um golfinho-roaz (𝘛𝘶𝘳𝘴𝘪𝘰𝘱𝘴 𝘵𝘳𝘶𝘯𝘤𝘢𝘵𝘶𝘴), também

Outras notícias

13/11/2023

Workshop RAAlg - ARROJAL /Análise de Conteúdos Estomacais de Cetáceos

A cooperação e partilha de conhecimentos entre redes regionais tem-se revelado uma mais-valia no desenvolvimento dos trabalhos afetos. As parcerias criadas visam juntar esforços e recursos para atingir um objetivo comum de forma mais dinâmica e interativa.

Ontem, dia 9 de novembro, recebemos nas instalações da RAAlg, parte da equipa da ARROJAL (Rede de Arrojamentos do Alentejo) para um workshop de Análise de Conteúdos Estomacais de Cetáceos.

Ao longo do dia tivemos a oportunidade de realizar, em conjunto, todo a protocolo de lavagem de um estômago de golfinho e triagem dos seus conteúdos para posterior identificação e quantificação das presas nele presentes. Por fim, abordámos a medição de ótolitos de peixe e bicos de cefalópodes, recorrendo à lupa binocular, e ainda, a forma como toda esta informação deve ser organizada para uma correta análise de resultados.

Gostaríamos de agradecer à Arrojal pela confiança e disponibilidade em colaborar connosco.

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Workshop RAAlg-Arrojal
04/11/2023

Análise de conteúdos estomacais de cetáceos

A análise do conteúdo estomacal de cetáceos visa entender a dieta, o comportamento alimentar, a ecologia e o papel destes mamíferos nos ecossistemas marinhos, sendo parte integrante do trabalho efetuado pela equipa da RAAlg.

Esta análise fornece informações valiosas sobre a relação entre os cetáceos e as suas presas, uma vez que o movimento e distribuição das presas influencia a deslocação e distribuição dos cetáceos às escalas espacial e temporal.

Os objetivos desta análise consistem na determinação da composição da dieta, através identificação das presas presentes nos conteúdos analisados. Permite-nos também avaliar a ocorrência de variações sazonais na dieta, o que ajuda a compreender as adaptações alimentares dos cetáceos, e ainda aferir acerca da saúde e bem-estar do animal avaliando a presença de poluentes (ex: resíduos de plástico), bem como de parasitas.

Após uma intensa lavagem e secagem de acordo com protocolos standard, todo o conteúdo passa por uma triagem na qual são selecionadas as “peças chave” para a identificação das presas, tais como alguns ossos específicos da cabeça, os otólitos dos peixes e os bicos dos cefalópodes.  A análise é feita de forma macroscópica, por comparação, através da utilização de guias de identificação e de uma coleção de referência pré-existente. A mesma pode ser complementada com análises genéticas que permitem identificar o DNA das presas contidas nos conteúdos estomacais, testes estes que se encontram em processo e ainda em fase preliminar.

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Cont Est 4Cont Est 5

 

Conteúdos estomacais
11/10/2023

Arrojamentos de cetáceos e tartarugas-marinhas no Algarve - 3º trimestre de 2023

Para que um arrojamento ocorra é necessário que exista uma combinação perfeita de vários fatores atmosféricos e oceanográficos, tais como os ventos, as correntes, as marés, a temperatura da água, entre outros, que fazem com que o cadáver possa aproximar-se ou afastar-se da costa, ou ainda afundar na coluna de água. Estima-se que apenas 10 a 20% dos animais que morrem no mar acabam efetivamente por arrojar, facto este que avulta a necessidade de conservação de algumas das espécies de cetáceos e tartarugas-marinhas que se encontram ameaçadas de extinção.

 O padrão de arrojamentos de cetáceos e tartarugas marinhas na costa Algarvia verificado ao longo dos anos tem sido bastante variável, o que pode dever-se a muitos fatores descritos anteriormente, aliados também à capacidade de deteção e ao eficaz encaminhamento destas ocorrências. O terceiro trimestre do ano, que inclui o período de verão, é caracterizado por ser a época do ano na qual o registo de arrojamentos no Algarve toma maiores proporções. O aumento da concentração de pessoas junto à costa, característico do verão, maximiza o número de arrojamentos detetados e o encaminhamento dos mesmos para as entidades competentes. Contudo, existiram anos em que este pico não se verificou, contrariando a tendência habitual. Este ano, o número de arrojamentos nos meses de verão foi atípico para a RAAlg desde que foi reativada a rede em 2020, com apenas 11 cetáceos e 4 tartarugas-marinhas registados ao longo dos últimos três meses. Várias são as causas que podem estar associadas a estes resultados, entre as quais a possibilidade de deslocação dos animais para zonas mais afastadas da costa, por escassez de alimento, incorrendo em menos perigos potenciais como a pesca, uma das principais causas de morte descritas para os animais arrojados na costa algarvia.

Padrão arrojamentos -3º trimestre do ano

Resultados 3º trimestre