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Highlights
Arrojamento de baleia-anã na Praia da Mareta

Arrojamento de baleia-anã na Praia da Mareta (Sagres)

No passado dia 4/04, foi registado o arrojamento de uma baleia-de-barbas da espécie Balaenoptera

Resultados RAAlg 1º trimestre de 2025

Resultados dos arrojamentos na costa algarvia - 1º trimestre de 2025

Estes foram os resultados dos arrojamentos mortos, correspondentes ao 1° trimestre do ano 2025

Roaz - Monte Gordo

Arrojamento de roaz juvenil na Praia de Monte Gordo

No dia 11/03/2025, arrojou na Praia de Monte Gordo, um golfinho-roaz (𝘛𝘶𝘳𝘴𝘪𝘰𝘱𝘴 𝘵𝘳𝘶𝘯𝘤𝘢𝘵𝘶𝘴), também

Outras notícias

21/09/2023

Arrojamento de boto na Praia de Faro

No passado dia 9 de setembro a equipa da RAAlg foi alertada para a presença de um animal arrojado na praia de Faro. De forma a acelerar a remoção do animal do local evitando qualquer perigo para a saúde pública, foi contactada a Fagar Faro, Gestão de Águas e resíduos (equipa da praia de Faro), a qual se disponibilizou para avaliar a situação e ativou de imediato os meios necessários para a realização da mesma.

A necrópsia foi realizada no próprio dia, nas instalações da Fagar existentes na Praia de Faro.

Tratava-se de um boto (Phocoena phocoena), fêmea juvenil, já com alguns indícios de decomposição e sem qualquer evidência concreta que nos permitisse tirar conclusões acerca da causa de morte. 

Este foi o segundo indivíduo da espécie registado no ano corrente, pela equipa da RAAlg, na costa algarvia, após um intervalo de dois anos em que nenhum arrojamento de boto foi detetado.

Gostaríamos de deixar o nosso agradecimento à Fagar Faro, Gestão de Águas e resíduos pelo auxílio na remoção do animal e cedência do espaço para a realização da necrópsia.

Boto

Boto

Boto Praia de Faro
06/09/2023

Orca (Orcinus orca)

Apesar de ser conhecida como “baleia assassina” a orca pertence à família dos golfinhos (família Delphinidae), sendo considerada o membro de maior porte, da mesma. É um predador de topo com uma dieta bastante variada, a qual inclui presas como peixes, moluscos, aves, tartarugas, focas, tubarões e também animais de maior porte como as baleias, nas suas caçadas de grupo. Tem uma área de distribuição geográfica bastante abrangente, podendo ser encontrada em todos os oceanos, existindo várias subpopulações ou ecótipos adaptados aos diferentes habitats on a espécie se encontra. Apresenta uma vida social complexa, baseada na formação e manutenção de grupos familiares extensos.

Desde 2020, o estranho comportamento de um grupo de orcas que reside nas águas da Península Ibérica tem alarmado a comunidade náutica. Alguns animais da população das chamadas ORCAS IBÉRICAS ou ALTÂNTICAS começou a aproximar-se de veleiros proferindo algumas interações como empurrando-os e interagindo com o leme, o qual algumas vezes acaba por partir. De salientar que a orca ibérica ou Atlântica percorre longos quilómetros seguindo as embarcações de pesca de atum-rabilho (Thunnus thynnus), uma das suas presas favoritas.

Os relatos de INTERAÇÕES de alguns indivíduos desta espécie com embarcações, principalmente veleiros, tem vindo a aumentar, e devido aos danos provocados em algumas destas embarcações, estes comportamentos têm sido comummente nomeados como ATAQUES, apesar de não haver registos de agressividade destes animais para com os humanos.

Diferentes hipóteses para estes comportamentos têm sido debatidas, entre as quais uma simples manobra de diversão ou uma resposta a um evento traumático anterior. De realçar que além de curiosos e socialmente complexos, as orcas são dos animais mais inteligentes que habitam o oceano pelo que estes comportamentos estão a ser apreendidos por novos membros, o que explica o aumento das interações. De reforçar ainda que além dos mais inteligentes são animais robustos que podem atingir cerca de 9 toneladas, facto este que pode tornar uma simples brincadeira num ato algo violento para quem o vive de perto.

A todos os interessados em saber mais sobre este tema, sugerimos que visitem a página do GRUPO DE TRABALHO DA ORCA ATLÂNTICA – GTOA, na qual pode ser consultada toda a informação acerca desta população incluindo o registo dos últimos avistamentos e interações bem como as RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA criadas pelo grupo de especialistas que as estuda e que melhor conhece os seus comportamentos.

Fotos cedidas por: Ocean Vibes (Empresa marítimo-turística de investigação)

Orca 2

Orca
03/08/2023

Boto recém-nascido arroja vivo na Praia da Falésia, mas não sobrevive

Um boto (Phocoena phocoena) recém-nascido arrojou vivo na Praia da Falésia, em Albufeira, no domingo, dia 23 de julho, acabando por não sobreviver. O mesmo já tinha sido avistado junto à costa, no dia anterior numa praia próxima, contudo aquando da chegada do Porto d’Abrigo do Zoomarine e apesar de todos os esforços, já não foi detetado para que lhe pudesse ser dada a assistência necessária.

Tratava-se de um macho com 0,92 m de comprimento total e que apresentava várias características que apontavam para um nascimento recente, tais como: pregas fetais (traços transversais ao corpo) resultantes da posição do feto no útero materno, vestígios de cordão umbilical e pelos no bico (estruturas vestigiais com função estritamente sensorial nos primeiros dias de vida, após os quais acabam por cair). A necrópsia decorreu no laboratório da RAAlg, revelando indícios de uma morte traumática. Este foi o primeiro registo desta espécie, pela RAAlg, desde 2020.

O boto pode ser encontrado em águas pouco profundas, por toda a costa continental portuguesa, contudo apresenta uma maior abundância nas regiões mais a norte do país.

Esta espécie encontra-se criticamente ameaçada em Portugal, estando classificada como “Vulnerável”.

Gostaríamos de agradecer à equipa do Porto d’Abrigo do Zoomarine pelo auxílio no transporte do animal para o laboratório da RAAlg.

Boto 2

Boto 3

Boto 4

 

 

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