A contaminação dos oceanos por resíduos de plástico, é uma das principais ameaças para a vida
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Ingestão de plástico por tartarugas-marinhas

Visita de grupo de investigação chinês às instalações da RAAlg
No final de abril, a Associação para a Conservação da Vida Aquática do Boto do Yangtzé de Nanjing

Participação na 36ª Conferência da European Cetacean Society
Na passada semana, o nosso coordenador de terreno e aluno de doutoramento, Jan Hofman, marcou
Outras notícias
Arrojamento de baleia-de-bico na Ilha da Fuseta
No dia 16 de janeiro, arrojou na ilha da Fuseta, uma baleia-de-bico da espécie 𝘔𝘦𝘴𝘰𝘱𝘭𝘰𝘥𝘰𝘯 𝘮𝘪𝘳𝘶𝘴, a baleia-de-bico-de-true.
As baleias-de-bico, também conhecidas como zifiídeos (família Ziphiidae), são um grupo de cetáceos com dentes, pouco conhecidos e misteriosos, raramente avistados na superfície do mar.
>> Vivem em águas profundas e são mergulhadores muito ágeis, podendo ficar mais de 3 horas submersas e atingindo profundidades de até 3000 metros.
>> Têm uma dieta baseada em lulas e peixes de águas profundas e podem atingir comprimentos entre os 4 e os 12,8 metros.
>> Devido aos seus comportamentos discretos, o pouco que se sabe sobre estes animais, provém de investigação de animais arrojados.
O animal em causa, um indivíduo próximo da idade adulta, de sexo masculino e comprimento total de 4,71metros, apresentava lesões compatíveis com uma provável captura acidental. A análise detalhada do animal, bem como a amostragem dos seus tecidos biológicos, permitiu recolher informações muito úteis para o melhor conhecimento desta espécie.
Este foi o oitavo arrojamento de uma baleia-de-bico registado para o Algarve, desde que este levantamento começou a ser efetuado, sendo o terceiro para a espécie 𝘔𝘦𝘴𝘰𝘱𝘭𝘰𝘥𝘰𝘯 𝘮𝘪𝘳𝘶𝘴.
Gostaríamos de agradecer ao Diogo Santos pelo alerta e informações preliminares e ainda à Ambiolhão e ao piquete da Polícia Marítima de Olhão, pelo apoio logístico no terreno, na resposta a este arrojamento.

Jornada anual dos doutorandos - Jan Hofman apresenta o plano de doutoramento
O nosso coordenador de terreno e estudante de doutoramento, integrado no grupo FBC - Fisheries, Biodiversity and Conservation Research Group, do CCMAR, apresentou o seu plano de doutoramento intitulado 𝘚𝘮𝘢𝘭𝘭 𝘤𝘦𝘵𝘢𝘤𝘦𝘢𝘯𝘴 𝘰𝘧 𝘴𝘰𝘶𝘵𝘩𝘦𝘳𝘯 𝘪𝘣𝘦𝘳𝘪𝘢𝘯 𝘸𝘢𝘵𝘦𝘳𝘴: 𝘦𝘤𝘰𝘭𝘰𝘨𝘪𝘤𝘢𝘭 𝘢𝘯𝘥 𝘣𝘪𝘰𝘭𝘰𝘨𝘪𝘤𝘢𝘭 𝘪𝘯𝘴𝘪𝘨𝘩𝘵𝘴 𝘵𝘰 𝘪𝘯𝘧𝘰𝘳𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘷𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯 𝘮𝘢𝘯𝘢𝘨𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵.
Esta apresentação esteve inserida na Jornada Anual dos doutorandos de Ciências Biológicas e Ciências Biotecnológicas, evento decorrido na Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, na passada sexta-feira, 24 de janeiro.
Com vista ao cumprimento deste ambicioso plano, o Jan terá como supervisores, a coordenadora institucional da RAAlg e investigadora do CCMAR/UALG, Doutora Ana Marçalo, e ainda o Doutor Bruno Louro, investigador do CCMAR/CIMAR-LA e membro fundador da AppGenomics.
Desejamos que esta caminhada seja leve e de muita aprendizagem para o Jan, e que os resultados deste trabalho extenso possam contribuir para a conservação das espécies em estudo.
Mãos à obra!!!

Dificuldades na remoção de animais arrojados no Algarve - Arrojamento de boto na Praia de Faro
No passado dia 8, arrojou na Praia de Faro, um boto (𝘗𝘩𝘰𝘤𝘰𝘦𝘯𝘢 𝘱𝘩𝘰𝘤𝘰𝘦𝘯𝘢).
Uma vez que se encontrava numa zona remota e de difícil acesso aos meios de remoção, apesar de todos os esforços, a remoção do animal foi impossível de realizar, de forma célere.
A configuração topográfica da costa algarvia é bastante complexa, o que traz alguns desafios e limitações à remoção dos animais arrojados.
A zona ocidental do Algarve, o barlavento algarvio, a qual inclui a oeste parte da Costa Vicentina (entre Odeceixe e Sagres), é maioritariamente composta por escarpas imponentes que cobrem praias de difícil acesso ou até mesmo inacessíveis. Já a sul, existem também imensas praias inacessíveis por terra. Por outro lado, no sotavento algarvio, zona mais oriental do Algarve, os desafios prendem-se com a existência de ilhas barreira, dentro do Parque Natural da Ria Formosa, as quais dificultam o acesso e impossibilitam a remoção dos animais.
No caso do referido boto, o animal foi analisado e posteriormente enterrado numa zona próxima ao local do arrojamento, numa operação articulada entre a Polícia Marítima de Faro, a Proteção Civil de Faro, o Município de Faro, o ICNF e a equipa da RAAlg.
Este procedimento é efetuado apenas em algumas situações específicas e por motivos sanitários, ambientais ou logísticos, após avaliação e tomada de decisão pelas entidades competentes. A escolha do local deve prever a não contaminação das zonas afetas, pela decomposição do cadáver, assim como garantir que o enterro é feito longe de áreas onde a erosão ou as marés possam expor novamente o cadáver e evitar zonas sensíveis e de proteção como as dunas.
Gostaríamos de agradecer as todas as entidades envolvidas na resposta a este arrojamento, pois só assim foi possível efetuar o levantamento de informação completo acerca deste animal, garantindo, em simultâneo, todas as medidas de segurança e saúde pública adequadas.
