No passado dia 4/04, foi registado o arrojamento de uma baleia-de-barbas da espécie Balaenoptera
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Arrojamento de baleia-anã na Praia da Mareta (Sagres)

Resultados dos arrojamentos na costa algarvia - 1º trimestre de 2025
Estes foram os resultados dos arrojamentos mortos, correspondentes ao 1° trimestre do ano 2025

Arrojamento de roaz juvenil na Praia de Monte Gordo
No dia 11/03/2025, arrojou na Praia de Monte Gordo, um golfinho-roaz (𝘛𝘶𝘳𝘴𝘪𝘰𝘱𝘴 𝘵𝘳𝘶𝘯𝘤𝘢𝘵𝘶𝘴), também
Outras notícias
Necrópsia de Bôto
A 03 de Novembro, uma cidadã acusou a presença de um cetáceo arrojado morto na Praia de Vale Figueira, concelho de Aljezur. A Polícia Marítima de Lagos tomou nota da ocorrência e após observação e registo fotográfico preliminar levados a cabo pelos vigilantes da natureza do ICNF, o animal foi transportado para o aterro do barlavento, a pedido da equipa RAAlg, com o auxílio do piquete da autarquia local.
A pequena carcaça foi levada para a sala de necrópsias da RAAlg no dia subsequente, onde as condições para observação minuciosa foram asseguradas. Os 3 elementos da RAAlg constataram tratar-se de uma jovem fêmea da espécie Phocoena phocoena (Bôto), com 129 cm de comprimento, com evidencias de predação sobretudo na face dorsal. Após 3 horas de observação invasiva, e não aparentando quaisquer sinais patológicos, a causa de morte mais provável parece ter sido interacção com outro mamífero marinho de maior porte.
Esta espécie, dadas as suas pequenas dimensões, sofre frequentes confrontos com outras espécies de mamíferos marinhos. A ocorrência de bôtos na costa algarvia não é infrequente embora não se encontre entre as espécies mais comuns.

Necrópsia de Baleia-sardinheira
A 20 de Outubro foi dado o alerta de uma baleia morta arrojada na Praia da Rocha, Concelho de Portimão. Com a ajuda e monitorização da Polícia Marítima e os serviços de piquete da autarquia local, a carcaça foi transportada, no próprio dia, para o aterro sanitário do barlavento, por forma a garantir a saúde pública. A 21 de Outubro, a equipa RAAlg deslocou-se à ALGAR-Aterro, onde o animal se encontrava à parte para observação e necrópsia.
Após observação, concluiu-se que o animal de mais de 9 metros de comprimento e várias toneladas de peso, era uma fêmea juvenil da espécie Balaenoptera borealis (Baleia-sardinheira) sem indícios patológicos evidentes. O animal apresentava, no entanto, vestígios de trauma por impacto na face dorsal, provavelmente por abalroamento. Dada a ocorrência da depressão "Bárbara" na costa algarvia, incidentes como a colisão entre cetáceos e embarcações de grande porte poderão ser potenciados, o que reforça esta hipótese. Na costa continental portuguesa, são muito raros os registos de arrojamentos desta espécie. Por essa razão, esta ocorrência mereceu particular destaque ainda que a presença da espécie nas nossas águas esteja identificada.

Reactivação da RAAlg
A 13 de Outubro de 2020 decorreu a primeira reunião com o objectivo de oficializar e reactivação da Rede de Arrojamentos do Algarve (RAAlg). Esta reunião contou com a presença da Rede Nacional de Arrojamentos, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, do Parque Natural da Ria Formosa e de elementos da RAAlg. No seu seguimento, 3 Biólogos iniciaram a tarefa e missão de integrar a nova equipa da RAAlg que foca na obtenção de um máximo de informação aquando da chegada de cetáceos e tartarugas marinhas mortos à costa Algarvia.
Articulados com várias entidades e constituindo um novo braço de apoio à Rede Nacional de Arrojamentos, esta equipa especializada pretende contribuir para o conhecimento dos mamíferos marinhos e tartarugas marinhas em áreas como a genética, reprodução, distribuição e biologia geral, assim como estar atentos a questões sensíveis como é o impacto da poluição nos oceanos e a interacção entre a pesca e espécies marinhas protegidas.
