A contaminação dos oceanos por resíduos de plástico, é uma das principais ameaças para a vida
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Ingestão de plástico por tartarugas-marinhas

Visita de grupo de investigação chinês às instalações da RAAlg
No final de abril, a Associação para a Conservação da Vida Aquática do Boto do Yangtzé de Nanjing

Participação na 36ª Conferência da European Cetacean Society
Na passada semana, o nosso coordenador de terreno e aluno de doutoramento, Jan Hofman, marcou
Outras notícias
A RAAlg vai às escolas
A convite do Centro de Ciência Viva de Lagos, no dia 25 de novembro, os trabalhos da RAAlg foram apresentados em duas palestras, para plateias de diferentes faixas etárias, das escolas de Lagos.
A primeira apresentação foi feita para alunos do 4º ano de escolaridade no âmbito do projeto Escola Ciência Viva, um projeto educativo que conta com a participação de instituições científicas e de profissionais da ciência e da tecnologia com o objetivo de desenvolver nos alunos, desde bem cedo, o prazer de aprender, experimentar e descobrir. A segunda palestra foi dirigida a uma turma do 10º ano da Escola Secundária Gil Eanes, de Lagos, inserida no projeto Mar Azul, o qual pretende promover a literacia dos oceanos, elevando a consciência e o conhecimento sobre questões marinhas e costeiras.
A RAAlg agradece o convite do Centro de Ciência Viva de Lagos e o entusiasmo dos alunos que, desde os pequenotes aos mais graúdos, revelaram muito interesse na atividade e tiveram uma participação muito dinâmica.
Aproveitámos também a ocasião para lançar o novo poster de Espécies de Cetáceos e Tartarugas Marinhas da Costa Algarvia, o qual estará brevemente disponível online, aqui, na nossa página e poderá ser descarregado de forma gratuita.

Webinar RAAlg (20 nov. 2021)
Para quem não teve oportunidade de assistir ao Webinar RAAlg que decorreu no passado sábado, 20 de novembro, no qual tivemos participantes de Norte a Sul do país e ilhas, partilhamos aqui alguns dos resultados obtidos ao longo deste último ano de amostragem.
No que diz respeito aos cetáceos, num total de 72 animais arrojados, foram identificadas 9 das 22 espécies que estão identificadas para a costa algarvia, estando o golfinho-comum no topo das espécies com maior frequência de ocorrência. Já para as tartarugas marinhas, de entre os 40 animais arrojados aos quais a nossa equipa deu resposta, foram identificadas as duas espécies mais comuns registadas para a nossa costa, sendo a tartaruga-comum a que revelou uma maior frequência de ocorrência. (Ver imagens seguintes)
Partilhamos também alguns resultados relativos à distribuição espacial e sazonal das espécies mais comuns, bem como das causas de morte que conseguimos apurar para os cetáceos arrojados ao longo da costa algarvia.
Resta-nos agradecer mais uma vez a todos os que participaram, na esperança de que tenha sido uma tarde de conhecimento e aprendizagem. Foi um gosto partilhar com todos vós um pouco do nosso trabalho.
A todos aqueles que de alguma forma colaboram connosco e que complementam o nosso trabalho, mais uma vez o nosso especial agradecimento.

Tartarugas gigantes dão à costa no Algarve
O passado fim de semana foi marcante para a equipa Raalg.
Em dois dias respondemos a 4 arrojamentos de tartarugas de couro, por várias praias algarvias.
A tartaruga de couro (Dermochelys coriacea) é a maior de todas a espécies de tartarugas marinhas, podendo atingir mais de 2 metros de comprimento e um peso acima dos 500 kilogramas. Estas tartarugas não apresentam uma verdadeira carapaça, mas sim uma pele grossa e rígida de cor negra e aspeto coriáceo, o que lhes confere o nome.
São animais solitários que vivem em águas abertas, mas que se aproximam da costa para se alimentarem ou reproduzirem. Embora não nidifiquem na costa portuguesa é frequente a sua passagem nas nossas águas, sendo a segunda espécie de tartaruga marinha que mais arroja em Portugal continental e estando classificada como uma espécie vulnerável.
Devido ao seu avançado estado de decomposição não foi possível detetar qualquer marca ou indício de captura acidental, embora esta seja uma das causas de morte mais comuns para esta espécie.
Gostaríamos de realçar, mais uma vez, a importância de todas as entidades que colaboram connosco, que nos facilitam as deslocações aos locais dos arrojamentos e nos ajudam no manuseamento dos animais no terreno, permitindo uma amostragem mais eficaz dos mesmos.


