A contaminação dos oceanos por resíduos de plástico, é uma das principais ameaças para a vida
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Ingestão de plástico por tartarugas-marinhas

Visita de grupo de investigação chinês às instalações da RAAlg
No final de abril, a Associação para a Conservação da Vida Aquática do Boto do Yangtzé de Nanjing

Participação na 36ª Conferência da European Cetacean Society
Na passada semana, o nosso coordenador de terreno e aluno de doutoramento, Jan Hofman, marcou
Outras notícias
Arrojamento de baleia-anã adulta
No passado dia 2 de julho recebemos vários alertas por parte de empresas de atividade marítimo-turística, para a presença de uma baleia-anã adulta, morta, à deriva, a algumas milhas da costa, ao largo de Armação de Pêra. Apesar dos esforços no sentido de rebocar o animal para o porto de pesca mais próximo, conscientes dos perigos que um animal de tal porte pode causar na navegação, o animal acabou por arrojar na Praia Grande de Pêra, concelho de Silves, no dia seguinte. Embora o animal já se encontrasse em avançada decomposição aquando da realização da necrópsia, o que acarreta uma dificuldade acrescida na análise e avaliação da causa de morte, concluiu-se que a morte foi de origem traumática indeterminada.
A baleia-anã (Balaenoptera acutorostrata) é o rorqual de menor porte pertencente à subordem taxonómica Mysticeti (cetáceos com barbas), podendo atingir os 10 metros de comprimento. Apresenta um corpo alongado e uma cabeça pontiaguda. A sua coloração varia entre cinzento-escura na região dorsal e branca no ventre e flancos. A barbatana dorsal é proeminente, mas de pequena dimensão proporcionalmente ao corpo e as barbatanas peitorais apresentam uma mancha branca, característica da espécie. A sua alimentação é variada, podendo incluir pequenos crustáceos, cefalópodes e peixes de cardume. Geralmente são animais solitários, podendo aglomerar-se em alturas de migração e reprodução. Distribuem-se por ambos os hemisférios, podendo ocorrer tanto em águas oceânicas como costeiras.
Os avistamentos desta espécie nas proximidades da costa continental portuguesa são bastante frequentes e durante todo o ano, o que leva a crer que alguns núcleos sejam residentes. É a espécie de baleia de barbas mais abundante na nossa costa e, consequentemente, a que mais arrojamentos tem registado ao longo dos anos, principalmente no que respeita a indivíduos juvenis.
Para o Algarve, a distribuição temporal dos arrojamentos desta espécie ao longo dos últimos 12 anos apresenta-se heterogénea, oscilando entre anos com poucos registos (e.g. 2012, 2013, 2019 e 2021) com anos com mais ocorrências (e.g. 2010 e 2020). No presente ano, os registos sugerem valores aproximados ao período entre 2014-2018, tendo sido este o período onde ocorreu alguma estabilização das ocorrências. Em termos de distribuição sazonal apresenta um pico de arrojamentos no segundo trimestre do ano, particularmente no mês de maio, o que sugere que a costa algarvia possa ser um corredor migratório e zona de alimentação importante para a espécie, nessa altura do ano. A captura acidental em artes de pesca é considerada a principal causa de morte para esta espécie.

Golfinho recém-nascido na Praia de Faro
Na passada segunda-feira, dia 4 de julho, a equipa da RAAlg deu resposta ao arrojamento de uma cria golfinho-comum (Delphinus delphis), na Praia de Faro.
Tratava-se de um macho com aproximadamente 1 metro de comprimento total, o qual apresentava várias características que apontavam para um nascimento bastante recente, tais como:
Pregas fetais - Traços mais claros visíveis ao longo do corpo (do dorso para o ventre), resultantes da posição do feto no útero materno.
Vestígios de cordão umbilical - O cordão umbilical dos golfinhos rompe-se aquando da expulsão, durante o parto.
Pelos no bico - Estes pelos apresentam função estritamente sensorial nos primeiros dias de vida, após os quais acabam por cair.
A necrópsia foi realizada no laboratório da RAAlg, apenas algumas horas após o registo da ocorrência. A existência de espuma abundante na traqueia e brônquios revelou uma morte traumática causada por asfixia por imersão.

Sabias que ….
A RAAlg dispõe de uma página interativa na qual PODES REGISTAR O TEU ALERTA?
Se encontrares um animal arrojado morto pelas praias da costa algarvia (desde Vila Real de Santo António a Odeceixe), deves entrar em contacto connosco.
Para o fazeres, podes utilizar o nosso contacto telefónico 968688233, ou PREFERENCIALMENTE registar o teu alerta na nossa página em raalg.pt, clicando em “REGISTAR ALERTA”.
Durante o registo do alerta será solicitada alguma informação que consideramos muito pertinente para que a resposta ao arrojamento seja dada não só de forma célere, como adequada.
Assim que terminares o registo, toda a equipa da RAAlg receberá um e-mail com a informação disponibilizada e poderá atuar na resposta.
Para além de ser mais completo e informativo do que uma chamada telefónica, o REGISTO DE ALERTAS NA PÁGINA, permite ao utilizador ter acesso a toda a informação acerca do arrojamento registado, pelo que receberá um e-mail com a informação conferida e atualizada, logo que toda a situação se encontre resolvida. Todos os alertas registados serão automaticamente contabilizados pelo sistema, sendo incluídos nos “RESULTADOS” que estão disponíveis para consulta, também na página.
