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Dia Aberto 2025

Comemoração do 47º aniversário do Parque Natural da Ria Formosa

O Parque Natural da Ria Formosa celebra 47 anos e para assinalar a data irá disponibilizar um

Festival do NEBUA 2025

Participação no Festival do NEBUA 2025

Entre os dias 25 e 27 de abril, decorreu na Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, o Festival

Achados de necrópsia

Achados de necrópsia: “Surpresas” no estômago de um golfinho-roaz

A dieta do golfinho-roaz (Tursiops truncatus) é muito variada e depende da disponibilidade de presas

Outras notícias

23/05/2022

Dia Mundial da Tartaruga🐢

Desde 2010, ano em que foi ativada a primeira rede regional de arrojamentos do Algarve, que se deu início à monitorização sistemática de todos os arrojamentos de tartarugas-marinhas ao longo da costa algarvia.

Entre as cinco espécies de tartarugas-marinhas que ocorrem em águas portuguesas, três foram até à data registadas para a costa algarvia. A tartaruga-comum (Caretta caretta) também conhecida como tartaruga-bôba é a espécie mais frequentemente avistada e também aquela que regista um maior número de arrojamentos na nossa costa, seguindo-se a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e por fim a tartaruga-verde (Chelonia mydas).

Todas estas espécies estão incluídas na Lista Vermelha da IUCN para espécies ameaçadas, pelo que toda a informação recolhida de animais arrojados se pode revelar um importante contributo na criação e implementação de projetos de conservação.

A RAAlg continua o seu trabalho de monitorização na tentativa de perceber quais as principais causas de morte dos animais arrojados e a recolher amostras para vários estudos que possibilitem um maior conhecimento sobre estas e outras espécies que ocorrem ao longo da costa algarvia.

Tartaruga-comum/Praia de Faro
23/05/2022

Dia Aberto do Parque Natural da Ria Formosa

No passado sábado, dia 7 de maio, a RAAlg teve o prazer de participar no Dia Aberto do Parque Natural da Ria Formosa, na Quinta de Marim, em Olhão.

Foi um dia em cheio, no qual tivemos a oportunidade de abrir os nossos laboratórios a todos os interessados, dando a conhecer um pouco do nosso trabalho.

Ao longo de todo o dia foram desenvolvidas atividades práticas nas quais os participantes puderam perceber todas as etapas decorridas na resposta a um arrojamento bem como participar de forma ativa em algumas das tarefas por nós desenvolvidas.

Para além de mostrar a importância da existência de uma Rede de Arrojamentos, é fundamental apostar na sensibilização de toda a população para a existência destes fenómenos, das suas principais causas e consequências e de como proceder no caso do encontro com um animal marinho (cetáceo ou tartaruga-marinha) encalhado na praia.

Foi recompensador ver o interesse de todos e as expressões de surpresa de miúdos e graúdos, com algumas das nossas revelações.

Agradecemos ao Centro de Educação Ambiental de Marim (CEAM) e ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), pelo convite para a participação neste dia de partilha e mais uma vez, pela cedência do espaço onde se encontram as instalações da RAAlg, as quais possibilitam que o nosso trabalho seja efetuado com todas as condições necessárias.

Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas

Dia Aberto PNRF

Dia Aberto PNRF

Dia Aberto PNRF
03/05/2022

Golfinho-comum vs golfinho-riscado

Para que um arrojamento ocorra é necessário que exista uma combinação de fatores climatéricos e oceanográficos tais como os ventos, as correntes, as marés, e até grau de decomposição do animal que pode possibilitar, ou não, o seu afundamento. Todas estas variáveis condicionam o encaminhamento dos animais na direção da costa. Estima-se que apenas 10-20% dos animais que morre no mar acaba, efetivamente, por arrojar. 

O grau de decomposição dos animais que arrojam pode variar bastante, o que pode ser atribuído a vários fatores como a temperatura da água, o tempo que estes demoram a chegar à costa e o tempo entre o arrojamento e a sua deteção. Considerando que uma grande percentagem dos animais que arroja, na costa algarvia, apresenta um estado de decomposição moderado e avançado, muitas vezes torna-se difícil efetuar uma identificação precisa da espécie, principalmente quando se trata de distinguir entre espécies com características muito semelhantes.

Por exemplo, quando se trata distinguir um golfinho-comum (Delphinus delphis) de um golfinho-riscado (Stenella coeruleoalba) em decomposição avançada, quando a coloração da pele (característica que os distingue) já não nos permite fazê-lo, analisamos a fisionomia da parte interna da maxila superior (palato superior) do animal, a qual apresenta ligeiras diferenças nestas duas espécies, sendo por isso uma ajuda fundamental na identificação. O palato superior do golfinho-comum apresenta dois sulcos, o que não se verifica no golfinho-riscado.

Comum vs riscado

Comum vs riscado

common vs striped