No passado dia 4/04, foi registado o arrojamento de uma baleia-de-barbas da espécie Balaenoptera
News

Arrojamento de baleia-anã na Praia da Mareta (Sagres)

Resultados dos arrojamentos na costa algarvia - 1º trimestre de 2025
Estes foram os resultados dos arrojamentos mortos, correspondentes ao 1° trimestre do ano 2025

Arrojamento de roaz juvenil na Praia de Monte Gordo
No dia 11/03/2025, arrojou na Praia de Monte Gordo, um golfinho-roaz (𝘛𝘶𝘳𝘴𝘪𝘰𝘱𝘴 𝘵𝘳𝘶𝘯𝘤𝘢𝘵𝘶𝘴), também
Outras notícias
Dia Mundial da Tartaruga🐢
Desde 2010, ano em que foi ativada a primeira rede regional de arrojamentos do Algarve, que se deu início à monitorização sistemática de todos os arrojamentos de tartarugas-marinhas ao longo da costa algarvia.
Entre as cinco espécies de tartarugas-marinhas que ocorrem em águas portuguesas, três foram até à data registadas para a costa algarvia. A tartaruga-comum (Caretta caretta) também conhecida como tartaruga-bôba é a espécie mais frequentemente avistada e também aquela que regista um maior número de arrojamentos na nossa costa, seguindo-se a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) e por fim a tartaruga-verde (Chelonia mydas).
Todas estas espécies estão incluídas na Lista Vermelha da IUCN para espécies ameaçadas, pelo que toda a informação recolhida de animais arrojados se pode revelar um importante contributo na criação e implementação de projetos de conservação.
A RAAlg continua o seu trabalho de monitorização na tentativa de perceber quais as principais causas de morte dos animais arrojados e a recolher amostras para vários estudos que possibilitem um maior conhecimento sobre estas e outras espécies que ocorrem ao longo da costa algarvia.

Dia Aberto do Parque Natural da Ria Formosa
No passado sábado, dia 7 de maio, a RAAlg teve o prazer de participar no Dia Aberto do Parque Natural da Ria Formosa, na Quinta de Marim, em Olhão.
Foi um dia em cheio, no qual tivemos a oportunidade de abrir os nossos laboratórios a todos os interessados, dando a conhecer um pouco do nosso trabalho.
Ao longo de todo o dia foram desenvolvidas atividades práticas nas quais os participantes puderam perceber todas as etapas decorridas na resposta a um arrojamento bem como participar de forma ativa em algumas das tarefas por nós desenvolvidas.
Para além de mostrar a importância da existência de uma Rede de Arrojamentos, é fundamental apostar na sensibilização de toda a população para a existência destes fenómenos, das suas principais causas e consequências e de como proceder no caso do encontro com um animal marinho (cetáceo ou tartaruga-marinha) encalhado na praia.
Foi recompensador ver o interesse de todos e as expressões de surpresa de miúdos e graúdos, com algumas das nossas revelações.
Agradecemos ao Centro de Educação Ambiental de Marim (CEAM) e ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), pelo convite para a participação neste dia de partilha e mais uma vez, pela cedência do espaço onde se encontram as instalações da RAAlg, as quais possibilitam que o nosso trabalho seja efetuado com todas as condições necessárias.
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas

Golfinho-comum vs golfinho-riscado
Para que um arrojamento ocorra é necessário que exista uma combinação de fatores climatéricos e oceanográficos tais como os ventos, as correntes, as marés, e até grau de decomposição do animal que pode possibilitar, ou não, o seu afundamento. Todas estas variáveis condicionam o encaminhamento dos animais na direção da costa. Estima-se que apenas 10-20% dos animais que morre no mar acaba, efetivamente, por arrojar.
O grau de decomposição dos animais que arrojam pode variar bastante, o que pode ser atribuído a vários fatores como a temperatura da água, o tempo que estes demoram a chegar à costa e o tempo entre o arrojamento e a sua deteção. Considerando que uma grande percentagem dos animais que arroja, na costa algarvia, apresenta um estado de decomposição moderado e avançado, muitas vezes torna-se difícil efetuar uma identificação precisa da espécie, principalmente quando se trata de distinguir entre espécies com características muito semelhantes.
Por exemplo, quando se trata distinguir um golfinho-comum (Delphinus delphis) de um golfinho-riscado (Stenella coeruleoalba) em decomposição avançada, quando a coloração da pele (característica que os distingue) já não nos permite fazê-lo, analisamos a fisionomia da parte interna da maxila superior (palato superior) do animal, a qual apresenta ligeiras diferenças nestas duas espécies, sendo por isso uma ajuda fundamental na identificação. O palato superior do golfinho-comum apresenta dois sulcos, o que não se verifica no golfinho-riscado.
