A tartaruga-de-couro (𝘋𝘦𝘳𝘮𝘰𝘤𝘩𝘦𝘭𝘺𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘪𝘢𝘤𝘦𝘢) é a maior de todas a espécies de tartarugas-marinhas
News
Tartaruga-de-couro (𝘋𝘦𝘳𝘮𝘰𝘤𝘩𝘦𝘭𝘺𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘪𝘢𝘤𝘦𝘢)
Resultados - 1º semestre de 2024
A recolha e análise sistemática de dados de arrojamentos contribuem para uma melhor compreensão dos
Visita da AIMM ao laboratório da RAAlg
No âmbito de uma colaboração com a AIMM - Associação para a Investigação do Meio Marinho, os alunos
Outras notícias
Abertura da época da Tartaruga
A RAAlg tem tido uma primavera muito trabalhosa, particularmente a partir do mês de abril, devido aos muitos arrojamentos de tartarugas-comuns (Caretta caretta). A primavera é considerada a estação do ano em que se dá a “abertura da época da tartaruga”, particularmente as tartarugas-comuns. Esta denominação foi atribuída em 2010, ano em que se ativou a primeira rede regional de arrojamentos do Algarve, e que se começou a monitorizar sistematicamente todos os arrojamentos de tartarugas marinhas ao longo da costa Algarvia (para mais informação sobre padrões de arrojamentos e causas de morte consultar o artigo Nicolau et al. 2016 https://link.springer.com/article/10.1007/s00227-015-2783-9). Com este trabalho conclui-se também que os indivíduos a frequentar a nossa costa são maioritariamente juvenis, e a costa Algarvia é uma zona de passagem e de alimentação de excelência (“hotspot”) para a tartaruga-comum. Com o aumento natural da temperatura da água a partir desta altura, e correntes e ventos de quadrante sul que se fizeram sentir nas últimas semanas, existe uma maior aproximação das tartarugas-comuns à costa, o que aumenta o risco de interação com artes de pesca costeiras e outros riscos antropogénicos (ex. abalroamentos). A RAAlg continua o seu trabalho de monitorização para tentar perceber quais as principais causas de morte de tartarugas marinhas arrojadas mortas e a recolher amostras para vários estudos, que possibilitem um maior conhecimento sobre estes animais ao longo da nossa costa. Para mais informações sobre números de animais arrojados só neste mês consulte os resultados na nossa página www.raalg.pt.
Doações à RAAlg
Desde a reactivação da rede regional de arrojamentos, a RAAlg tem recebido doações de material de ordem diversa, desde material de papelaria a material mais específico. Recentemente, os médicos de ortodontia Dr. Glauco Silva e Dra. Márcia Campos, com o apoio da respectiva assistente Taís Mendes, ofereceram uma coleção de material cirúrgico que nos facilitará a prossecução de necrópsias.
A RAAlg exprime desta forma gratidão a quem nos tem apoiado das mais diversas formas, sejam elas sob a forma de doação, seja por nos acompanharem nas redes sociais, seja por cada alerta inserido na nossa página. Este tipo de contribuições validam a nossa acção na região.
O trabalho continuado e sistematizado de uma rede desta natureza, é de sobremaneira importante para que os canais de comunicação entre cidadãos, autarquias, proteção civil, polícia marítima, GNR, aterros sanitários e empresas de saneamento se mantenham abertos.
No mundo laboratorial e hospitalar, há ainda equipamento de que carecemos e que a situação pandémica os torna difíceis de obter (Ex. Luvas de látex ou nitrilo) e por isso agradecemos de antemão a quem siga o exemplo destes profissionais de saúde.
Domingo que não foi dia santo
No passado Domingo dia 21 de Fevereiro, estando a equipa de campo a caminho do aterro de Porto de Lagos para observação e amostragem de uma baleia arrojada morta no dia anterior na praia de Porto de Mós, recebemos os alertas de outros dois arrojamentos mortos, um de uma Tartaruga-bôba arrojada na Praia da Rocha e outro de um Roaz-corvineiro arrojado na Praia dos Tomates.
Num esforço por desdobrarmos a nossa pequena equipa de 3 biólogos, lográmos a amostragem do rorqual e a recolha da tartaruga mas não nos foi possível garantir a amostragem do golfinho, que ainda assim pode ser observado com detalhe em aterro no dia subsequente.
À medida que a rede vai ficando implementada de forma mais sólida, as necessidades da equipa vão aumentando proporcionalmente. Presentemente temos os olhos postos num futuro de maior operacionalidade da equipa para que não se perca informação de cada vez que um arrojamento ocorra."